LINHAS DE PESQUISA |
Ecologia de comunidades de aves marinhas no litoral de Santa Catarina
Descrição:
Algumas ilhas do litoral de Santa Catarina, servem como local de reprodução
e descanso para várias espécies de aves marinhas. Entre essas, as
Ilhas Moleques do Sul (Florianópolis), onde são encontradas as maiores
colônias de reprodução na costa catarinense, nidificando o
atobá-marrom (Sula leucogaster) a fragata (Fregata magnificens), a gaivota
(Larus dominicanus) e os trinta-réis-de-bico-vermelho
(Sterna hirundinacea e S.eurygnatha). Ecoturismo na Maricultura Descrição: As comunidades de pescadores artesanais do litoral, de Santa Catarina constituem um dos grupos étnicos mais antigos da região sul do país, porém é secular seu estado de exclusão. Este fato é decorrente de uma forma de vida determinada pela dificuldade imposta pelo meio em que vivem, onde a dependência dos recursos pesqueira esta condicionada pelos ciclos sazonais e pelos meios de se conseguir capturar este recurso. Isto fez com que estes trabalhadores se tornassem altamente especializados, com conhecimentos direcionados, mas limitados pelo limite do oceano. O acesso a meios mais eficientes de captura somados ao conhecimento empírico do meio, certamente conduz a uma eficiência, mas no caso dos pescadores artesanais permitiu a capturas cada vez maiores dos estoques naturais de pescado o que conduziu a diversas fases de enriquecimento no início da exploração do recurso passando rapidamente a longas fases de decadência junto com as espécies capturadas. Da mesma forma, com a opção pelo turismo dos municípios costeiros, as comunidades que povoavam a orla marítima, ganharam algum dinheiro vendendo suas propriedades e praticamente foram substituídas pelos veranistas, atuais donos das praias. Recentemente, a maricultura surgiu como forma de resgatar esta população para uma atividade marinha, com forte apelo na sustentabilidade no uso do mar, e uma parcela dos indivíduos das comunidades procuram esta atividade como uma opção ou alternativa perante a decadência do setor pesqueiro, sendo que os pescadores mais resistentes continuaram em seu trabalho. A maricultura novamente promoveu uma nova fase de desenvolvimento nestas comunidades, transformando inclusive a paisagem das enseadas e baias do litoral catarinense, formando na realidade um novo ecossistema, com uma diversificada e características fauna associada, composta por espécies de interesse como recurso para alimentação humana. |
Bioecologia de Macroinvertebrados e Peixes demersais
Pesca responsável na Baía de Tijucas Descrição: A atividade pesqueira na Baía de Tijucas é realizada em escala artesanal há cerca de 200 anos. Desde então, se estabeleceram ao redor da Baía diversas comunidades pesqueiras, que hoje compõem os núcleos pesqueiros de Canto Grande, Zimbros, Santa Luzia, Barra do Rio Tijucas, Canto dos Ganchos, Ganchos do Meio e Ganchos de Fora. Não há dados oficiais disponíveis sobre o número pescadores, embarcações, produção desembarcada e valor da produção, porém é notória a importância social e econômica da atividade pesqueira para as comunidades locais. Apesar de sua importância, a pesca na Baía de Tijucas apresenta aspectos conflitivos com a legislação pesqueira, além de ocorrer na Zona de Amortecimento da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo. De acordo com os pescadores da região, a legislação não é cumprida porque não estaria adequada para as características ambientais e dos recursos pesqueiros, havendo o anseio entre as comunidades pesqueiras em buscar uma regulamentação específica para a Baía de Tijucas. Neste contexto, o presente projeto propõe a coleta e sistematização de dados ambientais e pesqueiros com o envolvimento dos usuários e demais membros da comunidade local para a elaboração de um plano de gestão participativa para o uso dos recursos pesqueiros, considerando as premissas da Agenda 21 e do Código de Conduta para a Pesca Responsável. Ações de educação ambiental e mobilização social estão previstas para a estruturação de um Conselho da Pesca para a Baía de Tijucas, como instância participativa de gestão compartilhada (com o Poder Público) dos recursos pesqueiros. Projeto financiado pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente - FNMA. Monitoramento da carcinofauna e ictiofauna do estuário do Saco da Fazenda, Itajaí, SC. Descrição:
Estuários são ambientes de grande importância para o desenvolvimento
e sustento das atividades do homem. Haja vista que dois terços das grandes
cidades distribuídas em todo o mundo estão localizadas em estuários
ou na vizinhança imediata. São corpos de águas calmas, com
temperatura e salinidade variáveis. Aspectos biológicos do caranguejo Maria-farinha (Ocypode quadrata ), na região da Praia Brava, Itajaí, SC, Brasil. Descrição: A Praia Brava situada na região de Itajaí, é caracterizada como um ecossistema rico possuindo dunas, restinga e remanescentes de Floresta Atlântica. Porém uma das espécies existentes, e mais abundantes em toda extenção da praia é Ocypode quadrata, cuja as bibliográfias sobre está espécie são muito reduzidas. Este trabalho visa caracterizar os aspectos da biologia do caranguejo maria-farinha (Ocypode quadrata) na região da Praia Brava Itajaí, SC, e sua importância na cadeia trófica do local, visto a importância dos mesmos na dieta alimentar da coruja-buraqueira (Speotyto cunicularia), bem como caracterizar a população de O. quadrata ao longo de um ciclo anual, determinar o tamanho de primeira maturação, abundância, predadores e alimentação. As coletas serão realizadas mensalmente nos períodos de Agosto/003 à julho/004 em toda extenção da Praia Brava. As espécimes coletadas serão processadas no laboratório de Ciências biológicas da UNIVALI no Campos I de Itajaí. Os exemplares serão medidos e pesados com auxílio de paquímetro e balança de precisão semi-analítica, a carapaça será removida para determinação do estádio de maturação gonadal, assim como para análise do conteúdo estomacal. Os resultados obtidos poderão ser usados como referência para continuidade de futuros estudos.
Descrição:
As alteração ocasionadas na região da Baia Sul, Florianópolis,
SC, devido a construção da Via Expressa SC- Sul foram registradas
para o ano 1997, como prováveis responsáveis por alterações
na fauna e flora locais. Portanto foi necessário o monitoramento da carcinofauna
na Baia Sul, com coletas bimestrais em seis áreas de pescas, durante o
período de abril/2000 na Baia Sul, Florianópolis, SC; em locais
pré-determinados, com duração de 10 minutos cada. |