(Larus dominicanus) Gaivota (Branco, 2004)


No período de março a junho ocorreu o deslocamento das gaivota adultas para as ilhas, demarcação de território e construção dos ninhos no solo, utilizando-se gramíneas, penas e até ossos de outras aves. Os primeiros ninhos com ovos foram observados em junho, incrementando gradativamente até setembro, seguido de redução em outubro e ausência das gaivotas a partir de dezembro, ocorrendo a ocupação dos estuários e das praias do litoral catarinense (BRANCO & EBERT 2002); entretanto, alguns

adultos e jovens puderam ser encontrados nas ilhas Moleques do Sul e Ilha dos Lobos até o início de janeiro. Em Punta Leon, Argentina, os primeiros ninhos de L. dominicanus com ovos ocorreram entre 10 a 12 de outubro e os filhotes a partir de novembro (YORIO et al. 1995).

O número de reprodutores por ilha oscilou ao longo dos anos. Em torno de 280 casais nidificaram nas Ilhas Tamboretes, 76 em Itacolomis, 497 na Deserta, 177 em Moleques do Sul e 680 na Ilha dos Lobos. O tamanho da postura variou entre um e três ovos por ninho, sendo a média nas Ilhas Moleques do Sul 1,98±0,67 Lobos 2,26±0,67, Deserta 2,23±0,67 e Itacolomis 2,19±0,74; acima de 54,0% dos ninhos encontrados nessa ilhas possuíam dois ovos.

Embora em Tamboretes (2,21±0,78) foi observado esse predomínio, a freqüência de ninhos com dois ovos ficou em torno de 36,1%. De acordo com MALACALZA (1987) entre 42 a 49% dos ninhos de L. dominicanus em Punta Leon continham dois ovos.

Para YORIO et al. (1995) o número médio de ovos por ninho de gaivota variou entre 2,32 a 2,39, enquanto que na Ilhota da Galheta (Laguna), a média por ninho foi de 2,3 ovos (SOARES & SCHIEFLER 1995).

Provavelmente, essas diferenças estão relacionadas com o esforço reprodutivo em cada sítio e com a condições fisiológicas das populações, assim como recursos ecológicos disponíveis.

 

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